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Bandas tributo... tributo ou pirataria?
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09 Out. 2024
#380
por zecarlos
Respondido por zecarlos no tópico Bandas tributo... tributo ou pirataria?
Tenho assistido à discussão e há coisas com que concordo outras em que não concordo. Mas se me permitem fazer uma analogia, para mim as bandas tributo são como as guitarras Fender, existe o original e depois vários "tributos" fabricadas por outras tantas marcas. E tal como as guitarras, as bandas tributo podem ser encontradas em diferentes níveis de qualidade. Mas nem por isso são ilegitimas ou são consideradas pirataria. Têm o seu mercado. Uma coisa é certa, quem experimenta uma Fender pode também experimentar um "tributo" mas volta sempre ao original.
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10 Out. 2024
#383
por MR.M.
Respondido por MR.M. no tópico Bandas tributo... tributo ou pirataria?
Mas nem por isso são ilegitimas ou são consideradas pirataria. Têm o seu mercado.Não são porque tudo é feito dentro da legalidade, ou seja com as marcas a pagarem "direitos" à marca original. Como bem observou o utilizador joaodedeus existe um enquadramento legal para as bandas tributo (aquilo a que se chama direitos de execução pública). E tu achas que alguma banda tributo cá em Portugal paga esses direitos? Ou os donos dos bares?...
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10 Out. 2024
#384
por rafaelsousa
Respondido por rafaelsousa no tópico Bandas tributo... tributo ou pirataria?
Chegou a minha vez de dizer alguma coisa. Toco numa banda tributo e devo dizer que se o mercado está como está não é culpa das bandas. Se os bares preferem bandas tributo, é uma opção e estratégia deles. Como alguém disse e bem, os bares não existem para dar prejuízo. Se o público assim o quer, os bares apenas fazem a vontade. É a lei da oferta e da procura. E não vale a pena bater mais no ceguinho, enquanto houver mercado, as coisas vão continuar como estão. Também convém dizer que alguns de nós músicos dependem desse mercado para pôr comida no prato…
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30 Nov. 2024
#466
por MR.M.
Respondido por MR.M. no tópico Bandas tributo... tributo ou pirataria?
A opinião crítica de Mike Shinoda sobre "tributos" de Linkin Park (em
igormiranda.com.br
)
Após a morte do vocalista Chester Bennington em 2017, muitas bandas de tributo aos Linkin Park começaram a surgir ou a ganhar destaque. Um exemplo disso é a Hybrid Theory, descrita como o “tributo definitivo” ao grupo, que chegou a tocar no Rock in Rio Lisboa 2024, tamanha a atenção recebida nas redes sociais — sobretudo devido à semelhança da voz de Yves Alezandro com a do saudoso Chester.
Embora reconheça o mérito desses projetos, Mike Shinoda tem uma visão crítica sobre o assunto. Em entrevista à rádio Alt 98.7, o vocalista e multi-instrumentista revelou a sensação estranha que teve ao assistir a um vídeo de uma banda de tributo que, segundo ele, era “demasiado semelhante” aos Linkin Park. Shinoda não mencionou o nome da banda.
Conforme a transcrição da Consequence, o músico explicou:
“Num certo momento, por volta de 2020 ou 2019, apareceu no meu feed um vídeo de uma banda de tributo aos Linkin Park. Os fãs estavam a adorar. Todos comentavam: ‘Meu Deus, esta pessoa canta tão bem. Soa muito como o Chester’. O nosso cérebro tende a gostar de algo que se aproxima da realidade. Mas, quando parece demasiado real, o cérebro faz o oposto. Faz-nos pensar: ‘Odeio isto’, porque percebe que está a ser enganado. E ninguém gosta de ser enganado.”
Shinoda descreveu ainda a ideia de bandas tentarem replicar exatamente o que Chester fazia como “muito interessante”, mas também “um pouco assustadora”. Este desconforto ajudou-o a perceber claramente o caminho que não queria seguir na nova fase dos Linkin Park:
“Enquanto via o vídeo no YouTube ou no Instagram dessa banda de tributo, pensei: ‘Isto é muito fixe, mas também é assustador que soe tanto como o Chester.’ Não gosto disso, deixa-me desconfortável. Percebi de imediato que não era esse o caminho para nós. Acho que é interessante para [as bandas de tributo], mas não para nós. Essas bandas fazem um excelente trabalho, mas eu nunca colocaria alguém assim na nossa banda.”
Shinoda já havia expressado uma opinião semelhante anteriormente. Durante uma transmissão ao vivo partilhada pelo fã-clube Portal Linkin Park, em abril deste ano, o músico comentou o seguinte sobre os “Chester de segunda mão”:
“Muitas vezes, as pessoas dizem: ‘O meu amigo soa exatamente como o Chester, queres ouvir?’ Provavelmente, não. Isso seria estranho. E, a propósito, não acho que o teu amigo seja tão bom quanto o Chester. Por que iria querer trabalhar com alguém que é uma versão secundária do Chester? Se forem bons, são bons. Mas, se estão a esforçar-se demasiado para soar como o Chester, então não.”
Após a morte do vocalista Chester Bennington em 2017, muitas bandas de tributo aos Linkin Park começaram a surgir ou a ganhar destaque. Um exemplo disso é a Hybrid Theory, descrita como o “tributo definitivo” ao grupo, que chegou a tocar no Rock in Rio Lisboa 2024, tamanha a atenção recebida nas redes sociais — sobretudo devido à semelhança da voz de Yves Alezandro com a do saudoso Chester.
Embora reconheça o mérito desses projetos, Mike Shinoda tem uma visão crítica sobre o assunto. Em entrevista à rádio Alt 98.7, o vocalista e multi-instrumentista revelou a sensação estranha que teve ao assistir a um vídeo de uma banda de tributo que, segundo ele, era “demasiado semelhante” aos Linkin Park. Shinoda não mencionou o nome da banda.
Conforme a transcrição da Consequence, o músico explicou:
“Num certo momento, por volta de 2020 ou 2019, apareceu no meu feed um vídeo de uma banda de tributo aos Linkin Park. Os fãs estavam a adorar. Todos comentavam: ‘Meu Deus, esta pessoa canta tão bem. Soa muito como o Chester’. O nosso cérebro tende a gostar de algo que se aproxima da realidade. Mas, quando parece demasiado real, o cérebro faz o oposto. Faz-nos pensar: ‘Odeio isto’, porque percebe que está a ser enganado. E ninguém gosta de ser enganado.”
Shinoda descreveu ainda a ideia de bandas tentarem replicar exatamente o que Chester fazia como “muito interessante”, mas também “um pouco assustadora”. Este desconforto ajudou-o a perceber claramente o caminho que não queria seguir na nova fase dos Linkin Park:
“Enquanto via o vídeo no YouTube ou no Instagram dessa banda de tributo, pensei: ‘Isto é muito fixe, mas também é assustador que soe tanto como o Chester.’ Não gosto disso, deixa-me desconfortável. Percebi de imediato que não era esse o caminho para nós. Acho que é interessante para [as bandas de tributo], mas não para nós. Essas bandas fazem um excelente trabalho, mas eu nunca colocaria alguém assim na nossa banda.”
Shinoda já havia expressado uma opinião semelhante anteriormente. Durante uma transmissão ao vivo partilhada pelo fã-clube Portal Linkin Park, em abril deste ano, o músico comentou o seguinte sobre os “Chester de segunda mão”:
“Muitas vezes, as pessoas dizem: ‘O meu amigo soa exatamente como o Chester, queres ouvir?’ Provavelmente, não. Isso seria estranho. E, a propósito, não acho que o teu amigo seja tão bom quanto o Chester. Por que iria querer trabalhar com alguém que é uma versão secundária do Chester? Se forem bons, são bons. Mas, se estão a esforçar-se demasiado para soar como o Chester, então não.”
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