O vinil salvo pelos ícones do Pop e do Rock

É Abbey Road, o álbum que os Beatles lançaram em 1969, o disco de vinil mais vendido nos Estados Unidos neste ano que está quase a terminar. Com 558 mil cópias, superou, surpreendentemente, o clássico dos Pink Floyd, The Dark Side of the Moon, que atingiu, segundo os dados da Nielsen Music, 376 mil cópias. Abbey Road em vinil teve um pico de vendas no ano passado, com 246 mil cópias, em parte devido à sua reedição. Surpreende que entre os dez álbuns mais vendidos do ano estejam apenas artistas históricos e ícones do rock como Bob Marley, Miles Davis e os Fleetwood Mac. E que apenas dois dos títulos tenham sido lançados neste século: a banda sonora do filme Guardiões da Galáxia, lançado em 2014, em terceiro lugar com 367 mil cópias, e Born to Die (2012) de Lana Del Rey, em décimo lugar com 283 mil cópias vendidas.

Visto que na América,  o número de cópias vendidas é um dado público, são interessantes as outras posições entre os vinis do último ano: Bob Marley & The Wailers estão em quarto lugar com Legend (364 mil cópias vendidas), Amy Winehouse em quinto (351 mil cópias) com Back to Black, Michael Jackson em sexto com Thriller (334 mil), os Beatles novamente em sétimo com Sgt. Pepper’s (313 mil), Fleetwood Mac em oitavo com Rumours (304 mil), Miles Davis em nono com Kind of Blue (286 mil). Há 14 anos consecutivos que as vendas de vinil nos EUA registam um aumento em relação ao ano anterior: em 2023 foi de 14,5%, com quase 19 milhões de álbuns vendidos. Um mercado que representou 16,7% das vendas totais de discos nos EUA, enquanto em 2022 era quase 12%. Quanto às vendas de CDs, entre físicos e download, os artistas que mais venderam foram Adele (23,9 milhões de streams), Taylor Swift (22,9 milhões) e Eminem (13,8 milhões). Em termos de músicas ouvidas em streaming ou vistas online, Drake dominou a última década: com as suas faixas, registou o recorde de 36,3 mil milhões de cliques.