Como já é tradição no fim do ano, a Pitchfork começou dezembro publicando a aguardada lista com os melhores discos de 2025, contribuindo com as inevitáveis e ótimas discussões sobre o que marcou a música neste ano.
O renomado veículo de música dos EUA separou os trabalhos que mais chamaram a atenção ao longo do ano, com a classificação indo desde obras de R&B, synth-pop e indie rock até reggaeton e géneros influenciados pela música andina.
Focando no Top 10 do ranking, Amaarae garantiu a décima posição com seu terceiro disco de estúdio Black Star. A artista ganense-americana segue consolidando o seu nome na indústria, com uma sonoridade ousada que mistura elementos do pop, afrobeats e R&B e que incluiu no seu disco mais recente um funk produzido pelo DJ brasileiro MU540.
Já em nono lugar aparece Nourished by Time com The Passionate Ones, projecto do artista norte-americano que equilibra versos complexos com uma sonoridade que explora tanto o R&B como o pop minimalista.
A oitava posição ficou com Joanne Robertson e o disco de folk lo-fi Blurrr, marcado pela sensação de improviso não só nas letras como na gravação, mixagem e preparação de estúdio.
Na sequência, a Pitchfork classificou como o sétimo melhor disco de 2025 o elogiado álbum Getting Killed, lançado pelos Geese. A banda liderada pelo talentoso vocalista Cameron Winter tem-se destacado como uma sensação do Rock Alternativo.
Já o sexto lugar ficou com o grupo Wednesday e seu sexto disco de estúdio, Bleeds, que aprofunda o peso emocional característico da banda misturando a intensidade do punk com a melancolia da música country.
O Top 5 do ranking foi aberto por Bad Bunny e seu aclamado disco DeBÍ TiRAR MáS FOToS, que mostra o cantor celebrando as tradições da sua terra natal misturando ritmos locais e modernos enquanto faz um manifesto cultural e político sobre Porto Rico.
Na quarta posição veio a artista francesa Oklou e seu disco de estreia choke enough. A obra de synth-pop e lo-fi destacou-se pelos seus sintetizadores criativos que provocaram sons intrigantes e inovadores.
Chegando ao pódio, quem ocupa o terceiro lugar é novamente Cameron Winter, agora em carreira a solo com seu elogiado disco Heavy Metal, que reúne letras viscerais e uma sonoridade difícil de ser definida, apresentando elementos que vão desde o art rock até o orchestral pop.
O segundo lugar da lista ficou com Dijon e seu álbum de sucesso Baby, que reforça o músico como uma das vozes mais influentes do R&B actual. Na obra, o cantor equilibra temas mais densos como relacionamentos e tormentos pessoais com elaborações criativas de arranjos e bases instrumentais.
A Pitchfork selecionou o disco homônimo da banda Los Thuthanaka, formada pelos irmãos Chuquimamani-Condori e Joshua Chuquimia Crampton, que se destaca pelo carácter sensorial enquanto explora as práticas elementares da criação musical e reimagina vários gêneros tradicionais da música andina da herança aimará da dupla, como huayño, caporal e kullawada em formatos eletrônicos experimentais.
O álbum, aliás, nem sequer está no Spotify, o que certamente adiciona para a mística da escolha improvável.
10. Amaarae – Black Star
09. Nourished by Time – The Passionate Ones
08. Joanne Robertson – Blurrr
07. Geese – Getting Killed
06. Wednesday – Bleeds
05. Bad Bunny – DeBÍ TiRAR MáS FOToS
04. Oklou – choke enough
03. Cameron Winter – Heavy Metal
02. Dijon – Baby
01. Los Thuthanaka – Los Thuthanaka
